Um grupo de jornalistas divulgou uma carta se posicionando contra o jornalismo policial sensacionalista na Bahia. A iniciativa se deu após repercussão nacional da entrevista sobre um acusado de estupro, feita pela repórter Mirella Cunha, da Band Bahia (veja vídeo acima), há duas semanas. O caso indignou tanto profissionais do meio quanto telespectadores e internautas, que começaram a protestar a partir desta terça-feira (22) nas redes sociais. Acusado de roubo e estupro, o rapaz, só identificado como Paulo Sérgio pela matéria, assume que houve assalto, mas garante, chegando até a chorar, que nunca violentou mulher alguma em sua vida. Apática às lágrimas de Paulo, a repórter insiste em dizer que, se não houve estupro, houve vontade. “Você não estuprou, mas queria estuprar”, afirmou Mirella, que por diversas vezes debochou do entrevistado e mostrou-se contrária à versão relatada pelo acusado.
A jornalista sofreu uma série de retaliações de pessoas indignadas com sua abordagem nas redes sociais. Dentre outras designações, Mirella foi chamada de “otária, “racista”, “antiética”, “proto-loira”, “ridícula”, “nojenta”, “sensacionalista” e “tosca”. “Essa Mirella Cunha é uma vergonha para o Jornalismo Baiano“, chegou a postar um usuário do Twitter. No microblog, a hashtag “#SensacionalismoForaDoAr” tem começado a ganhar força. Às 11h desta quarta-feira (23), um grupo promete realizar um "tuitaço" para levar o assunto ao Trending Topics.
Fonte: Informações Bahia Notícias
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